As simbioses em que tantas existências respiram em reciprocidade de furto psíquico, nos quais Espíritos desencarnados, estanques em determinadas concepções religiosas, anestesiam ou infantilizam temporariamente consciências menos aptas ao auto-controle, porquanto se expressam igualmente nas moléstias nervosas complexas, como a hístero- epilepsia, em que o paciente sofre o espasmo tônico em opistótono, acompanhado de convulsões clônicas de feição múltipla, às vezes sem qualquer perda de consciência equivalendo a transe mediúnico autêntico, no qual a personalidade invisível se aproveita dos estados emotivos mais intensos para acentuar a própria influenciação.

E, na mesma trilha de ajustamento simbiótico, somos defrontados na Terra, aqui e ali, pela presença de psiconeuróticos da mais extensa classificação, com diagnose extremamente difícil, entregues aos mais obscuros quadros mentais, sem se arrojarem à loucura completa.

Tais entidades imanizadas ao painel fisiológico e agregadas a ele sem o corpo de matéria mais densa , vivem assim, quase sempre por tempo longo, entrosadas psiquicamente aos seus hospedadores, porquanto...
E, impressionando o paciente que explora, muita vez com a melhor intenção, subjuga-lhe o campo mental, impondo-lhe ao centro coronário a substância dos próprios pensamentos, que a vítima passa a acolher qual se fossem os seus próprios.

Assim, em perfeita simbiose, refletem-se mutuamente, estacionários ambos no tempo, até que as leis da vida lhes reclamem, pela dificuldade ou pela dor, a alteração imprescindível.

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André Luiz
Pedro Leopoldo-MG, 16/3/1958