GUIA.HEU
20 Anos
página acima: Hipnotismo
Mecanismo da hipnoterapia
Crianças e Adolescentes
DESAPARECIDOS

____Enquanto adormecido, a própria onda_mental do paciente, em movimento renovador e guardando consigo as sugestões benéficas recebidas, atua sobre as células do veículo fisiopsicossomático, anulando, tanto quanto possível, as inibições funcionais existentes.

____Como se observa, o agente positivo atua como fator desencadeante da recuperação, que passa a ser efetuada pelo próprio paciente, em todos os casos de hipnoterapia ou reflexoterapia.

____O hipnotizador, depois de um quarto de hora, fá-lo novamente voltar à vigília, e o enfermo, desperto, acusa por vezes grandes melhoras.

____Naturalmente, agradece ao benfeitor o socorro assimilado; contudo, o magnetizador agiu apenas como recurso de excitação e influência, porque as oscilações mentais em ação restaurativa dos tecidos celulares foram exteriorizadas pelo próprio consulente.

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OBJETOS E REFLEXOS ESPECÍFICOS

____No segundo dia do tratamento hipnótico, o paciente com mais facilidade se confiará à vontade orientadora que o dirige.

____Bastar-lhe-á o reencontro com o hipnotizador para entrar no reflexo_condicionado, pelo qual começa a automatizar o ato de arrojar de si mesmo as próprias forças_mentais, impregnadas das imagens de saúde e coragem que ele mesmo recorporifica no pensamento, recordando os apelos recebidos na véspera.

____E assim procede o enfermo, no mesmo regime de condicionamento, até que a contemplação de um simples objeto que lhe tenha sido presenteado pelo magnetizador, com o fim de ajudá-lo a liberar-se de qualquer crise, na linha de ocorrências da moléstia nervosa de que se haja curado, será o suficiente para que se entregue à hipnose de recuperação por sua própria conta.

____Semelhante medida, que explica o suposto poder curativo de certas relíquias materiais oudos chamados talismãs da magia, pode ser interpretada como reflexo condicionadoespecífico, porqüanto, sem a presença do hipnotizador, suscetível de imprimir novas modalidades à onda_mental de que tratamos, o objeto aludido servirá — muito particularmente nesse caso — como reflexo determinado para o refazimento orgânico, em certo sentido.

[29 - página 106] - André Luiz 1959 CIRCUITO MAGNÉTICO E CIRCUITO MEDIÜNICO

____Se o paciente, depois de curado, prossegue submisso ao hipnotizador, sustentando-se entre ambos o intercâmbio seguro, dentro de algum tempo ambos se encontrarão em circuito mediúnico perfeito.
____A onda_mental do magnetizado, reeducada para a extirpação da moléstia anteriormente apresentada, terá atendido ao restabelecimento da região em desequilíbrio, mostrando-se, agora, sadia e harmônica para os serviços da troca, na hipótese do continuismo de contacto.
____Voltando-se diariamente para o magnetizador que, a seu turno, diariamente a influencia, e devidamente ajustada ao cérebro em que se apóia, do ponto de vista da resistência do campo, passará a refletir a onda mental da vontade a que livremente se submete, absorvendo-lhe as inclinações e os desígnios.
____Verificam-se aí os mais avançados processos de telementação, inclusive o desdobramento_controlado, pelo qual o passivo, ausente do corpo físico, sob a indução preponderante do hipnotizador, apenas verá e ouvirá de acordo com a orientação particular a que se sujeita.
____É o estado de permuta magnética aperfeiçoada, em que o passivo, na hipnose ou na vigília, transmite com facilidade as determinações e propósitos do mentor, na esfera das suas possibilidades de expressão.

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AUTO-MAGNETIZAÇÃO

____Ainda há que apreciar uma ocorrência importante.
____Se o hipnotizador não mais tem contacto com o passivo e se o passivo prossegue interessado no progresso de suas conquistas espirituais, este consegue, à custa de esforço, por intermédio da profunda concentração das energias mentais, na lembrança dos fenômenos a que se consagrou junto ao magnetizador, cair em hipnose ou letargia, catalepsia ou sonambulismo — ainda pelo reflexo_condicionado igualmente específico —, afastando-se_do_envoltório_carnal, em plena consciência, para entrar em contacto com entidades encarnadas ou desencarnadas de sua condição ou para provocar por si mesmo certa categoria de fenômenos_físicos, mediante a aplicação de energia acumulada, com o que se explicam as ocorrências do faquirismo oriental, nas quais a própria vontade do operador, parcial ou integralmente separado do corpo_somático, exerce determinada ação sobre as células_físicas e extrafísicas, estabelecendo acontecimentos inabituais para o mundo rotineiro dos cinco sentidos.

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A utilização dos fenômenos hipnóticos serve, neste livro, simplesmente para explicar os mecanismos da mediunidade, e não para induzir os companheiros do Espiritismo a praticá-los em suas tarefas, porquanto o nosso objetivo primordial é o serviço da Doutrina Espírita que devemos tomar por disciplinadora de todos os fenômenos que nos rodeiam, na esfera das ocorrencias mediúnicas, a beneficio de nossa própria melhoria moral.

(Nota do Autor espiritual)

[29 - página 103] - André Luiz 1959

Ver também:
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