GUIA.HEU
20 Anos
Questões sobre a natureza e a identidade dos Espíritos
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  • Por que sinais se pode reconhecer a superioridade ou a inferioridade dos Espíritos?
    R -Pela linguagem, como distinguis um doidivanas de uni homem sensato.

    • Espíritos superiores não se contradizem nunca e só dizem coisas aproveitáveis. Só querem o bem, que lhes constitui a única preocupação. Somente aos Espíritos superiores é dado conhecer todas as coisas e julgá-las desapaixonadamente.
    • Os Espíritos inferiores ainda se encontram sob o influxo das ideias materiais; seus discursos se ressentem da ignorância e da imperfeição que lhes são características.
  • A ciência é sempre sinal certo de elevação de um Espírito?
    R -Não, porquanto, se ele ainda está sob a influência da matéria, pode ter os vossos vícios e prejuízos. Há pessoas que, neste mundo, são excessivamente invejosas e orgulhosas.
    Após_a_morte, os Espíritos, sobretudo os que alimentaram paixões bem marcadas, permanecem envoltos numa espécie de atmosfera que lhes conserva todas as coisas más de que se impregnaram.
    ____Esses Espíritos semi-imperfeitos são mais de temer do que os maus Espíritos, porque, na sua maioria, reúnem à inteligência a astúcia e o orgulho. Pelo pretenso saber de que se jactam, eles se impõem aos simples e aos ignorantes, que lhes aceitam sem exames as teorias absurdas e mentirosas. Esse um ponto que demanda grande estudo da parte dos espíritas esclarecidos e dos médiuns. Para distinguir o verdadeiro do falso é que cumpre se faça convergir toda a atenção.
  • Nota-se que, às vezes, as comunicações_espíritas ridículas se mostram entremeadas de excelentes máximas. Como explicar esta anomalia, que parece indicar a presença simultânea de bons e maus Espíritos?
    R -Os Espíritos maus, ou levianos, também se metem a enunciar sentenças, sem lhes perceberem bem o alcance, ou a significação. Entre vós, serão homens superiores todos os que as enunciam? Não; os bons e os maus Espíritos não andam juntos; pela uniformidade constante das boas comunicações é que reconhecereis a presença dos bons Espíritos.
  • Dizem alguns Espíritos disporem de sinais gráficos inimitáveis, espécies de emblemas, pelos quais podem ser conhecidos e comprovarem a sua identidade; é verdade?
    R -Os Espíritos superiores nenhum outro sinal têm para se fazerem reconhecer além da superioridade das suas ideias e de sua linguagem. Qualquer Espírito pode imitar um sinal material.
  • Muitos médiuns reconhecem os bons e os maus Espíritos pela impressão agradável ou penosa que experimentam à aproximação deles. Perguntamos se a impressão desagradável, a agitação convulsiva, o mal-estar são sempre indícios da má natureza dos Espíritos que se manifestam?
    R -O médium experimenta as sensações do estado em que se encontra o Espírito que dele se aproxima. Quando ditoso, o Espírito é tranqüilo, leve, refletido; quando infeliz, é agitado, febril, e essa agitação se transmite naturalmente ao sistema nervoso do médium. Em suma, dá-se o que se dá com o homem na Terra: o bom é calmo, tranqüilo; o mau está constantemente agitado.

    • NOTA. Há médiuns de maior ou menor impressionabilidade nervosa, pelo que a agitação não se pode considerar como regra absoluta. Aqui, como em tudo, devem ter-se em conta as circunstâncias. O caráter penoso e desagradável da impressão é um efeito de contraste, porquanto, se o Espírito do médium simpatiza com o mau Espírito que se manifesta, nada ou muito pouco a proximidade deste o afetará. Todavia, é preciso se não confunda a rapidez da escrita, que deriva da extrema flexibilidade de certos médiuns, com a agitação convulsiva que os médiuns mais lentos podem experimentar ao contacto dos Espíritos imperfeitos.

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