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é
natural o desejo do bem-estar. Deus só proíbe o abuso, por ser contrário à conservação. [9a - página 342 questão .719]
O
direito de uso dos bens da Terra é conseqüente da necessidade de viver.
Deus pôs atrativos no gozo dos bens materiais, para instigar o homem ao cumprimento
da sua missão e para
experimentá-lo por meio da tentação.O objetivo dessa tentação está em desenvolver-lhe a razão, que deve preservá-lo dos excessos. Se o homem só fosse instigado a usar dos bens terrenos pela utilidade que têm, sua indiferença houvera talvez comprometido a harmonia do Universo. Deus imprimiu a esse uso o atrativo do prazer, porque assim é o homem impelido ao cumprimento dos desígnios providenciais. Mas, além disso, dando àquele uso esse atrativo, quis Deus também experimentar o homem por meio da tentação, que o arrasta para o abuso, de que deve a razão defendê-lo.
A
Natureza traçou limites aos gozos para vos indicar o limite do necessário.
Pobre
criatura, aquela que procura nos excessos de todo gênero o requinte dos gozos.
Mais digna é de lástima que de inveja, pois bem perto está da morte! O homem, que procura nos excessos de todo gênero o requinte do gozo, coloca-se abaixo do bruto, pois que este sabe deter-se, quando satisfeita a sua necessidade. Abdica da razão que Deus lhe deu por guia e quanto maiores forem seus excessos, tanto maior preponderância confere ele à sua natureza animal sobre a sua natureza espiritual. As doenças, são, ao mesmo tempo, o castigo à transgressão da lei de Deus. |
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