Mesmo no caso em que a
morte é inevitável e em que a vida não é abreviada senão por alguns
instantes, a eutanásia é sempre uma falta de resignação e de
submissão à vontade do Criador.Trabalho de João Gonçalves Filho - EUTANÁSIA -1101
O homem não tem o direito de praticar a eutanásia,
em caso algum, ainda que a mesma seja a demonstração aparente de medida
benfazeja.
A agonia prolongada pode ter finalidade preciosa para a alma e a moléstia
incurável pode ser um bem, como a única válvula de escoamento das
imperfeições do Espírito em marcha para a sublime aquisição de seus
patrimônios da vida imortal. Além do mais, os desígnios divinos são
insondáveis e a ciência precária dos homens não pode decidir nos
problemas transcendentes das necessidades do Espírito.
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... Sem qualquer conhecimento das dificuldades espirituais, o médico ministrou a chamada “injeção compassiva”, ante o gesto de profunda desaprovação do meu orientador.Em poucos instantes, o moribundo calou-se. Inteiriçaram-se-lhe os membros, vagarosamente. Imobilizou-se a máscara facial. Fizeram-se vítreos os olhos móveis. Cavalcante, para o espectador comum, estava morto. Não para nós, entretanto. A personalidade desencarnante estava presa ao corpo inerte, em plena inconsciência e incapaz de qualquer reação. Sem perder a serenidade otimista, o orientador explicou-me:
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