GUIA.HEU
20 Anos
Desinteresse
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Crianças e Adolescentes
DESAPARECIDOS

Há pessoas desinteressadas, mas sem discernimento, que prodigalizam seus haveres sem utilidade real, por lhes não saberem dar emprego criterioso. Essa pessoas têm o merecimento do desinteresse, porém não o do bem que poderiam fazer.

O desinteresse é uma virtude, mas a prodigalidade irrefletida constitui sempre, pelo menos, falta de juízo. A riqueza, assim como não é dada a uns para ser aferrolhada num cofre forte, também não o é a outros para ser dispersada ao vento. Representa um depósito de que uns e outros terão de prestar contas, porque terão de responder por todo o bem que podiam fazer e não fizeram, por todas as lágrimas que podiam ter estancado com o dinheiro que deram aos que dele não precisavam.

[9a p.412 q.896]

Aquele que faz o bem, sem visar a qualquer recompensa na Terra, esperando que lhe seja levado em conta na outra vida e que lá venha a ser melhor a sua situação não será reprovado por isso. Porem, o bem deve ser feito caritativamente, isto é, com desinteresse.

Contudo, todos alimentam o desejo muito natural de progredir, para forrar-se à penosa condição desta vida. Os próprios Espíritos nos ensinam a praticar o bem com esse objetivo. Não é, então, um mal pensarmos que, praticando o bem, podemos esperar coisa melhor do que temos na Terra. Porem, aquele que faz o bem, sem ideia preconcebida, pelo só prazer de ser agradável a Deus e ao seu próximo que sofre, já se acha num certo grau de progresso, que lhe permitirá alcançar a felicidade muito mais depressa do que seu irmão que, mais positivo, faz o bem por cálculo e não impelido pelo ardor natural do seu coração.

Não há demérito em fazer o bem com a ideia de que nos seja levado em conta na outra vida; igualmente não será indício de inferioridade emendar-se, vencer as nossas paixões, corrigir o caráter, com o propósito de se aproximar dos bons Espíritos e de se elevar.

Quando dizemos - fazer o bem, queremos significar - ser caridoso.

Procede como egoísta todo aquele que calcula o que lhe possa cada uma de suas boas ações render na vida futura, tanto quanto na vida terrena. Nenhum egoísmo, porém, há em querer o homem melhorar-se, para se aproximar de Deus, pois que é o fim para o qual devem todos tender.

[9a p.413 q.897]

 

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