Um ponto importante, nas relações afetivas: a nossa atitude para com os entes amados. Habitualmente, em nossa dedicação, somos tentados a escolher caminhos que supomos devam eles trilhar.
Inclinação esta mais do que justa, porquanto muito instintivamente desejamos para os outros alegrias semelhantes às nossas.
Urge considerar, entretanto, que Deus não dá cópias.
Dos pés à cabeça e de braço a braço, cada criatura é um mundo por si, gravitando para determinadas metas evolutivas, em órbitas diferentes.
À face disso, cada pessoa possui necessidades originais e tem o passo marcado em ritmo diverso.
A vida, como sucede à escola, é igual para todos nos valores do tempo; no entanto, cada aprendiz da experiência humana, qual ocorre no educandário, estagia provisoriamente em determinado caminho de lições.
- Aquele companheiro terá tomado corpo na Terra a fim de casar-se e construir a família
- Outro, porém, ter-se-á incorporado no plano físico para a geração de obras espirituais com imperativos de serviço muito diferentes daqueles da procriação propriamente considerada.
- Essa irmã terá nascido no mundo para a formação de filhos destinados à sustentação da vida planetária
- aquela outra, todavia, terá vindo ao campo dos homens a fim de servir a causas generosas em regime de celibato.
Cada coração pulsa em faixa específica de interesses afetivos. Cada pessoa se ajusta a certa função, compreendendo assim, sempre que a nossa ternura se proponha traçar caminhos para os entes amados, saibamos consagrar-lhes, em silêncio, respeitoso carinho, e, se quisermos auxiliá-los, oremos por eles, rogando à Sabedoria Divina os inspire e ilumine, de vez que só Deus sabe no íntimo de nós todos aquilo que mais convém ao burilamento e à felicidade de cada um. [117 - página 165/166] EMMANUEL
Filhos na Terra são herdeiros_da_vida_orgânica_dos_pais até o ponto em que a
lei das afinidades os entrelaça nos mesmos processos de vivência; entretanto,
psicologicamente, cada criatura herda de si própria, segundo os princípios da reencarnação.Refletindo nisto, acolhe os filhos que a existência te confiou na categoria de
companheiros da jornada humana, necessitados de apoio sem cárcere e de orientação
sem violência.Sobretudo, observa-lhes as inclinações, a fim de que possas auxiliá-los a
descobrir o que buscam nos caminhos do mundo.Quem ama sabe dialogar.Terás desejado senhorear determinada profissão sem que a oportunidade te
favorecesse para isso; e porque não atingiste semelhante propósito não
imponhas a eles a obrigação de efetuar o que não conseguiste.Ouve com bondade os filhos que te nasceram do amor para que lhes apreendas a vocação genuína.
- Este
terá vindo para a organização da família;
- Outro
precisará do celibato, de modo a realizar-se em determinadas qualidades de
espírito;
- aquele
te desfruta a companhia procurando realizações científicas que lhe
premiarão a inteligência, no longo esforço talvez encetado há várias
encarnações;
- aquele
outro te compartilha o plano familiar para o amanho da gleba, empenhando
esperança e sonhos no serviço do campo;
- Outro
ainda te abordou a equipe doméstica tentando realizações artísticas,
- e
outro ainda se te incorporou à consangüinidade com o ideal de proteger a
natureza e salvaguardar os animais.
Se abraças convenções e conceitos terrestres para trabalhar com segurança,
agradece a Deus a felicidade de achar o lugar que te é próprio, para agir e
progredir pacificamente. Mas é
possível que esses mesmos conceitos e convenções se mostrem de maneira
diferente à visão dos filhos que acolheste no lar.Em todas as situações, ouve teus filhos com afetuoso apreço. E
auxilia-os a seguir pela estrada que julguem mais adequada ao que anseiam fazer,
na base da consciência tranqüila.Todos estamos no endereço de Deus, entretanto cada um de nós transita em
estrada diferente para chegar ao destino.Não provoques o desespero dos filhos pela imposição das ideias que te
modelam a experiência. Tempera o calor da disciplina com a bênção da
brandura.De qualquer modo e quaisquer que sejam as circunstâncias, compadece-te de teus
filhos para que eles se compadeçam de ti.
EMMANUEL (do
livro CAMINHOS DE VOLTA, psicog. F.C.Xavier)Indicação
de João Gonçalves Filho
SENHOR,
Dá-me um filho que seja bastante forte para saber o quanto é fraco e
corajoso bastante para enfrentar a si mesmo quando tiver medo.
Um
filho que seja orgulhoso e inflexível na derrota inevitável, mas humilde
e manso na vitória.
Dá-me
um filho cujo esterno não esteja onde deveria estar a espinha dorsal.
Um
filho que TE conheça e que saiba conhecer-se a si
mesmo, pois essa é a
pedra angular do saber.
Guia-o,
eu TE suplico, não pelo caminho fácil do conforto, mas sob a pressão e
o aguilhão das dificuldades e dos obstáculos; para que aprenda a
manter-se ereto nas tempestades, e a ter compaixão pelos malogrados.
Dá-me
um filho, de coração puro e objetivos elevados; um filho que saiba
dominar-se antes de procurar dominar aos outros homens.
Um
filho que aprenda a rir, mas que não desaprenda de chorar.
Um
filho que tenha os olhos para o futuro, mas que nunca esqueça do passado.
E,
depois que lhe tiveres concedido todas estas coisas, dá-lhe, eu TE rogo,
compreensão bastante para que seja sempre um homem sério, sem, contudo,
levar-se muito a sério.
Que
ele saiba de suas habilidades, mas não imagine ser o único capaz.
Dá-lhe
Serenidade, Senhor, para que possa ter sempre em mente a simplicidade da
verdadeira grandeza, a tolerância da verdadeira sabedoria, a humildade da
verdadeira força.
Então,
eu, seu pai, ousarei murmurar: Não vivi em vão! ...General Douglas
Mac Arthur (colaboração
de: Ronney Robson
d'Avila Mendes)
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