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Tiptologia alfabética: que consiste em serem as letras do alfabeto indicadas por pancadas
Não
tardou que a tiptologia se aperfeiçoasse e
enriquecesse com um meio de comunicação mais completo, o da tiptologia alfabética, que consiste em serem as letras
do alfabeto indicadas por pancadas. Podem obter-se então palavras, frases
e até discursos inteiros. De acordo com o método adotado, a_mesa dará tantas pancadas quantas forem necessárias para indicar
cada letra, isto é, uma pancada para o "a", duas pancadas para o "b",
e assim por diante. Enquanto isto, uma pessoa irá escrevendo as letras,
à medida que forem sendo designadas. O Espírito faz sentir que terminou,
usando de um sinal que se haja convencionado. Como
se vê, este modo de operar é muito lento e consome longo tempo para as
comunicações de certa extensão. Entretanto, pessoas há que têm tido a
paciência de se utilizarem dele, para obter ditados de muitas páginas. Porém, a prática levou à descoberta de abreviaturas, que permitiram trabalhar-se com maior rapidez. A de uso mais freqüente consiste em colocar o experimentador, diante de si, um alfabeto e a série dos algarismos indicadores das unidades. Estando o médium à mesa, uma outra pessoa percorre sucessivamente as letras do alfabeto, se se trata de obter uma palavra, ou a série dos algarismos, se de um número. Apontada a letra que serve, a mesa, por si mesma, bate uma pancada e escreve-se a letra. Recomeça-se a operação para obter-se a segunda, depois a terceira letra e assim sucessivamente. Se tiver havido engano em alguma letra, o Espírito previne, fazendo a mesa dar repetidas pancadas, ou produzir um movimento especial, e recomeça-se. Com o hábito, chega-se a andar bem depressa. Mas, adivinhando o fim de uma palavra começada e com a qual se pode atinar pelo sentido da frase, é como, sobretudo, se consegue abreviar de muito a comunicação. Em havendo incerteza, pergunta-se ao Espírito se foi esta ou aquela palavra a que ele quis empregar e o Espírito responde sim, ou não.
Com
o fim de melhor garantir a independência ao pensamento do médium,
imaginaram-se diversos instrumentos em forma de quadrantes, sobre os quais se
traçam as letras, à maneira dos quadrantes do telégrafo elétrico. Uma agulha
móvel, que a influência do médium põe em movimento, mediante um fio condutor
e uma polia, indica as letras. Esses instrumentos só os conhecemos pelos
desenhos e descrições que têm sido publicados na América. Nada, pois,
podemos dizer do valor deles; temos porém, para nós, que a só complicação
que denotam constitui um inconveniente; que a independência do médium se
comprova perfeitamente pelas pancadas interiores e, ainda melhor, pelo
imprevisto das respostas, do que por todos os meios materiais. Acresce que os
incrédulos, sempre dispostos que estão a ver por toda parte artifícios e
arranjos, muito mais inclinados hão de estar a supô-los num mecanismo
especial, do que na primeira mesa de que se lance mão, livre de todo e qualquer
acessório. (Ver: Sessões com copo) |
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