Médiuns poliglotas: os que têm a faculdade de falar, ou escrever, em línguas que lhes são desconhecidas. Muito raros.
Os Espíritos só têm a linguagem do pensamento; não dispõem da linguagem
articulada,
pelo que só há para eles uma língua. Assim sendo, poderia um Espírito exprimir-se,
por via mediúnica, numa língua que Jamais falou quando vivo. Essa língua do
pensamento todos a compreendem, tanto os homens como os Espíritos.
O Espírito_ errante, quando se dirige ao Espírito encarnado do médium, não lhe fala francês, nem inglês, porém, a língua universal que é a do pensamento. Para exprimir suas ideias numa língua articulada, transmissível, toma as palavras ao vocabulário do médium. Se é assim, só na língua do médium deveria ser possível ao Espírito exprimir-se. Entretanto, é sabido que escreve em idiomas que o médium desconhece. Aí parece haver uma contradição. Entretanto, nota, primeiramente, que nem todos os médiuns são aptos a esse gênero de exercício e, depois, que os Espíritos só acidentalmente a ele se prestam, quando julgam que isso pode ter alguma utilidade. Para as comunicações usuais e de certa extensão, preferem servir-se de uma língua que seja familiar ao médium, porque lhes apresenta menos dificuldades materiais a vencer.
A aptidão de certos médiuns para escrever numa língua que lhes é estranha
pode ser da circunstância de lhes ter sido familiar essa língua em outra
existência e de haverem
guardado a intuição dela. Mas não constitui regra. Com algum esforço, o Espírito
pode vencer momentaneamente a resistência material que encontra. E o que acontece
quando o médium escreve, na língua que lhe é própria, palavras que não conhece.
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